segunda-feira, 2 de julho de 2012

Nesta vida como na vida

Eram amigos. Quase sempre eram os melhores amigos. Partilhavam alegrias e discussões, tantas que dava gosto assistir! Quase sempre era só para se contrariarem. Gostavam disso assim, "picadinho"! Já não aguentavam as ideias um do outro e quase sempre não viviam sem saber a opinião do outro... Viveram. Quase sempre viveram o que tinham para viver, um com o outro, cada um no seu caminho, entrecruzando, afastando, aproximando. 

Não conseguem novamente estar um sem o outro... Destino? Um partiu sem o outro... Mas o destino vem reivindicá-lo... É cruel esta forma de os juntar, mas quase sempre existe um plano. Parece um plano inclinado, tosco e cheio de caminhos tortuosos. Mas alguém deve saber o que faz! Quase sempre há alguém a tratar disso. Ele sentia saudades e parecia que o estavam a chamar! Deve haver alguma ideia disparatada no ar... Quase sempre havia alguma invenção e tinham mesmo que a partilhar. Quanto mais não fosse só para ouvirem alguém a ser do contra... Eram muito parecidos, quase sempre iguais.


Ambos fizeram tanto "em prol da nossa terra". Quase sempre faziam tudo guiados pelo mesmo lema. Agora que se encontram de novo, fica a certeza de que tomam conta um do outro e que, juntos, olham por todos os que ficam. E aos que ficam, resta-nos os risos, quase sempre gargalhadas, que espalhavam por onde passavam e, acima de tudo, levar alegria da vida e vivê-la intensamente, porque ela é boa. Quase sempre fantástica! Apenas existem alguns dias menos bons. Quase sempre são poucos e, se hoje é um deles, há que lhe pegar e dar-lhe a volta, afinal a vida é curta, quase sempre passa a correr, para tanto que há para viver...


Catarina
02.Julho.12

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Sou Música

A música transmite em sentimentos o que muitas vezes não consigo expressar com palavras. Passa muito além da perfeição das notas e do sentido das letras. Ultrapassa tudo isso e transforma-se numa ilusão etérea de que fomos, viajámos. Transporta-nos para outra dimensão onde nada concreto faz sentido e tudo é envolvente, nosso, inebria ...



Entra sorrateiramente pelo ouvido, mas logo se espalha, transformando o que vemos e acredito que, por vezes, nos envolve como se todos os cheiros do mundo nos rodeassem. Sabe bem! Sai. Levando todo o corpo, que perde o controlo ao deixar-se levar em cada compasso. E tudo é muito mais do que simples notas, palavras... Atinge-nos a alma! E aí, aí resume-se a uma amálgama de emoções que se atropelam, as palavras não fazem mais sentido e as notas passaram a ser apenas meio de transporte que nos leva para mais perto de nós... Tudo se dilui à nossa volta e existimos dentro do que somos.
Kat
Torres Novas
30.Outubro.11