quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Do Amor

Do Amor...

No Natal desejamos, esperamos, ansiamos, queremos, felicitamos... na realidade, é como no resto do ano, só que parece que sentimos mais necessidade de verbalizar vontades.

No Natal sentimos, vivemos, amamos como se todo o ano se resumisse a esta quadra. Talvez porque o ano se aproxima do fim e se queira viver em alguns dias tudo o que não se viveu durante o resto do ano...

No Natal, procura-se o aconchego da família, o calor do próximo, a partilha de afectos, o carinho, a gratidão...

No Natal, e sempre, quero que as vidas que preenchem a minha se envolvam na teia da felicidade, que é tecida com os fios do amor. Espero que todos os corações, que habitam o meu, estejam bordados de amor, com os pontos mais fortes que as linhas do afecto conseguem dar.

Mas, neste Natal, os desejos vão também para aqueles, cujo coração não tem, quem sabe por desatenção do destino, a capacidade de amar e de mostrar gratidão. Quer seja por incapacidade de reconhecer o amor quando este surge, quer seja por não saber lidar com ele, ou até por não se sentir capaz de suportar tal benção, existem corações que parecem despojados de amor... Daí, surge um leque de sentimentos protagonizados pelas células carentes... Inveja, ingratidão, rancor, ira...

Por isso, neste Natal quero desejar amor, não só aos que me enchem o cofre da felicidade, mas, principalmente, aos que não o têm, ou que não conseguem encontrar o caminho que o leva aos outros e, acima de tudo, a si mesmos!

O mundo seria bem melhor se, no Natal, e todos os dias, agradecêssemos por tudo o que de bom atravessa o nosso caminho e deixássemos um pouco de amor em tudo o que fazemos, dizemos, damos e recebemos! Só assim, podemos aproveitar a viagem da vida, espalhando o amor através do sorriso, do olhar, de todos os sentidos!

Seguindo o caminho da felicidade,
Do Amor...
Catarina
Torres Novas
24.Dezembro.14

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Nesta vida como na vida

Eram amigos. Quase sempre eram os melhores amigos. Partilhavam alegrias e discussões, tantas que dava gosto assistir! Quase sempre era só para se contrariarem. Gostavam disso assim, "picadinho"! Já não aguentavam as ideias um do outro e quase sempre não viviam sem saber a opinião do outro... Viveram. Quase sempre viveram o que tinham para viver, um com o outro, cada um no seu caminho, entrecruzando, afastando, aproximando. 

Não conseguem novamente estar um sem o outro... Destino? Um partiu sem o outro... Mas o destino vem reivindicá-lo... É cruel esta forma de os juntar, mas quase sempre existe um plano. Parece um plano inclinado, tosco e cheio de caminhos tortuosos. Mas alguém deve saber o que faz! Quase sempre há alguém a tratar disso. Ele sentia saudades e parecia que o estavam a chamar! Deve haver alguma ideia disparatada no ar... Quase sempre havia alguma invenção e tinham mesmo que a partilhar. Quanto mais não fosse só para ouvirem alguém a ser do contra... Eram muito parecidos, quase sempre iguais.


Ambos fizeram tanto "em prol da nossa terra". Quase sempre faziam tudo guiados pelo mesmo lema. Agora que se encontram de novo, fica a certeza de que tomam conta um do outro e que, juntos, olham por todos os que ficam. E aos que ficam, resta-nos os risos, quase sempre gargalhadas, que espalhavam por onde passavam e, acima de tudo, levar alegria da vida e vivê-la intensamente, porque ela é boa. Quase sempre fantástica! Apenas existem alguns dias menos bons. Quase sempre são poucos e, se hoje é um deles, há que lhe pegar e dar-lhe a volta, afinal a vida é curta, quase sempre passa a correr, para tanto que há para viver...


Catarina
02.Julho.12

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Sou Música

A música transmite em sentimentos o que muitas vezes não consigo expressar com palavras. Passa muito além da perfeição das notas e do sentido das letras. Ultrapassa tudo isso e transforma-se numa ilusão etérea de que fomos, viajámos. Transporta-nos para outra dimensão onde nada concreto faz sentido e tudo é envolvente, nosso, inebria ...



Entra sorrateiramente pelo ouvido, mas logo se espalha, transformando o que vemos e acredito que, por vezes, nos envolve como se todos os cheiros do mundo nos rodeassem. Sabe bem! Sai. Levando todo o corpo, que perde o controlo ao deixar-se levar em cada compasso. E tudo é muito mais do que simples notas, palavras... Atinge-nos a alma! E aí, aí resume-se a uma amálgama de emoções que se atropelam, as palavras não fazem mais sentido e as notas passaram a ser apenas meio de transporte que nos leva para mais perto de nós... Tudo se dilui à nossa volta e existimos dentro do que somos.
Kat
Torres Novas
30.Outubro.11 



sábado, 31 de dezembro de 2011

(Re)soluções de Ano Novo

Há dias em que as coisas não correm bem… Simplesmente, cai uma luz azul por cima de nós e persegue-nos! Secretamente, acho que até acabamos por zelar por ela e mantê-la ali durante um bocadinho, só um bocadinho… Apetece… Entrar naquela melancolia que nos faz pensar por dentro. Espero que o novo ano permita alguns desses momentos! 


São eles que nos fazem valorizar as pequenas coisas, como apreciar um raio de sol, um sorriso, uma flor! Os momentos menos bons reforçam-nos as defesas e fazem-nos apreciar com toda a força os pequenos nadas, transformando-os numa felicidade verdadeira! Sem eles, o sorriso perderia a sua essência, o seu grande poder de transformar a tristeza, de criar esperança, de unir corações. Yin & Yang, é o que precisamos, um pouco disto para termos muito daquilo.

Acima de tudo é bom que tenhamos esperança! Termos um ano novo a estrear dá-nos a esperança de que as coisas podem ser boas! Mas não desacreditando as esperanças de que o ano é que vai influenciar a nossa vida, acho que o que realmente temos que fazer, é aprender a ver as coisas boas que criamos, que nos aparecem, que nos dão! Elas não surgem só porque o ano é novo, elas existem, mas nem sempre andamos com os olhos apontados a elas… É bom que tenhamos os nossos momentos de amuo, mas sem deixar que nos consumam, sem deixar que nos impeçam de ver tudo o que de bom conseguimos! Ano novo significa estarmos atentos e de braços abertos para recebermos as pequenas flores que brotam no nosso caminho. E o nosso caminho é o que tivermos coragem de traçar, sem medo de virar a rota, nem que seja só para espreitar flores diferentes!

Sejamos mais! Sejamos melhores! Sejamos maiores! Sejamos diferentes! Capazes de ousar e enfrentar as nossas escolhas!

Um ano muito cheio de pequenos nadas, transbordantes de felicidade! 



Kat
Torres Novas
31.Dezembro.11

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Diferente

Somos todos diferentes, de cada um, de cada qual. Tudo nos torna diferentes... O sol que apanho hoje deixa-me mais corada amanhã. O que como agora deixa-me com mais energia até daqui a pouco. 

É bom aceitar que a diferença é mais comum do que a semelhança. Estou diferente, do que fui, do que sou. Continuo a mesma, mas diferente. 
Sobretudo de mim mesma. 
Gosto! 
A mudança é inevitável e a forma como lidamos com ela é que nos caracteriza. 
É muito difícil ser sempre igual! 
E chato! 
Não sei porque incomoda tanto mudar... É bom! 

Encarar cada dia como um novo desafio, com a capacidade de o tornar uma bela aventura! Viver a vida como ela nos surge e não tentar comandá-la correndo o risco de despiste. Quando menos esperamos, muda o rumo. E a vida apresenta-nos novas paisagens, que podem até ser melhores, ou apenas diferentes! 

Porquê ficar agarrada ao chão? 

É certo que o barco pode fazer enjoar... Mas também podemos seguir de carro, avião ou até mesmo a pé! Porque não? Desbravando o nosso caminho, na direcção que nos aprouver. Com a liberdade de levarmos connosco quem nos quiser acompanhar, permitindo que cada um fique a apreciar a paisagem que mais gostar, podendo juntar-se de novo noutra viagem, ou, até mesmo, ficar por ali! 

Importante é manter o espírito aberto e a alma cheia, aceitando que cada um é diferente, mesmo do que era ontem!

Importante é fazer de cada momento o melhor de sempre! Porque não se repetem e porque passam a fazer parte de nós, transformando-nos novamente e fazendo-nos agradecer por cada dia de aventura!










Kat
Crato
25.Agosto.2011

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Hope

Sometimes, but only sometimes, we look at the moon and feel invincible! Most of all the time... we just stare, imagining how good life could be if...

Guess we must go and face the world, hanging on to what we have and not to what we could have had... and go...

We always wait for something better to come, there is always something better on our way!!! But if there is nothing, nothing great coming? All we have is now! Living, breathing and the best we can do is everything else but thinking... It's dangerous... And we can't imagine where it can take us... The future is always uncertain...

We can still have hope...

Kat
Torres Novas
15. Abril.2011

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Saudade

Quem disse que o tempo diminui a intensidade da dor talvez não esteja errado... O problema é que devia ter acrescentado que também aumenta a saudade... Mas isso, acabamos por descobrir depois... É adocicada, é certo, porque nos deixa um sorriso nos lábios pois todos os momentos que recordamos são bons! Mas podem passar um, dois, noventa anos... Fica sempre a saudade... E permanece a frase "Ah... Se estivesses aqui agora..."

A inspiração hoje falha... Talvez porque esta saudade por si só me entorpeça os dedos, a alma... Sei que todos os momentos foram tão bem aproveitados, afinal em 26 anos vivemos mais, fomos mais do que muitos durante toda uma longa vida, mas e os que deveriam ter existido e nos foram levados? Talvez sejam esses os que mais me impelem a continuar, esses dão-me forças para dar o melhor de mim! Em tudo o que faço estás presente, na certeza de que te orgulharias de cada passo, ainda que por vezes possam ser um pouco ao lado, a verdade é que esses servem para aprender e ao crescer continuaria a orgulhar-te!

Sou diferente do que era, mas de certeza que me continuas a conhecer, afinal sou tua, um pedaço de ti... E que alegria sinto quando me olho e te reconheço em mim! Por isso continuas comigo e para sempre vais ficar, só assim consigo seguir, porque te sinto aqui, sempre...

"Xanoca"
Torres Novas
16.Novembro.10

domingo, 14 de novembro de 2010

Once Upon a Time


There was a time, a long time ago, when people sang together, the wind blew tenderly and the trees were dancing with the sky. There was happiness in children's eyes.

The fairies used to build castles with leaves, between the stones that were kissed by the singing river with sparkling water. There was a blue bird in a tree waiting for the time to fly, singing sweet notes of love, embracing life. The whole world was in peace!

One day, the little caterpillar stepped out from a beautiful flower, took a deep breath, trying to inhale all the air around, but... she looked so sad... She had to say goodbye to all of the wonders she had ever known... Or, so she thought... While climbing a tree, her crying eyes dropped a tear, already missing all the wonderful images that her memories could keep.

It was going to be a cold, but sunny, day! And she had to go... And so she did... By the early hours in the morning, when the first glimpse of sun appeared on the horizon, she was building her cocoon. That is what they told her to do, she didn't know why, although, deeply, she knew that this was her destiny...

But the magic was about to come!

When the moonlight covered the land with dreaming misteries and two cats began their journey through the woods, the litlle caterpillar was already warm and gently involved in her soft and shinny new home. Slowly, it started to happen! And no one will ever know the marvelous ways things were happening inside! So, we will only call it magic! And it was!

A few days later, by the time the brown owl went to sleep and the beautiful blue bird was preparing his first notes of the day, the once caterpillar was about to embrace life again! No one had seem to notice...

Suddenly, a little hole could be seen in the perfect matted of strings that kept her safe through the days and nights, carefully placed in a hollow of a centenary tree. It was such a beautiful moment! There is even a rumor that if we could get close enough to the cocoon, we could ear a choir of angels singing words of joy, going along with the sweet sound of a gently played harp...

A little fairy stopped by. Curious, she stayed there to see what kind of being was doing such a lovely thing to see. And she waited... Carefully and piece by piece, a beautiful butterfly was appearing in front of that fairy's eyes. She could not believe in such beauty... Slowly, the young butterfly started to spread her amazing wings! The little caterpillar was back, returning to the world that she thought she would never see again... And she was so perfect! Detailed and colorful elements were all over her new and delicate wings. The fairy just stayed there... Amazed by such a miracle of nature! How could this world get better? But it could! And it did!

The graceful butterfly was no longer concerned to the place she had ever known and thought it was so beautiful... She could fly!! The pretty fairy approached and taught her how to use those stupendous wings. And so she did!

From that day on, the world became larger and even more magical. It is said that every child that is touched by a butterfly becomes pure and capable of touching every people's hearts, warming and calming them with a simple smile... And, yes! The world gets even better!

Kat
Tomar, Torres Novas, Mação
03 a 14.Novembro.10

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Dust in the Wind



Fica pouco por dizer... A vida é tão efémera e tão pouco nossa... Em segundos, tudo muda e passa a ter um sentido tão diferente... É então que nos lembramos do que devíamos fazer, dizer, viver... E o tempo que resta é incerto, na certeza de ser curto... E continuamos a acreditar que connosco vai ser diferente e que amanhã temos tempo... Voltamos a acreditar e a dar nova esperança à vida... e ela volta a lembrar-nos da nossa fragilidade e do pouco poder que temos sobre ela... E agora a esperança já não nos invade com tanta força, duvidamos... queremos acreditar que vai ser diferente, mas esmorecemos porque um dia já tivemos essa ilusão... e a realidade confrontou-nos com o que outrora parecera impossível... Resta viver sem "deixar nada por fazer, nada por dizer" e amar, todos sem excepção, procurar ser melhor e sê-lo, e acima de tudo aceitar a felicidade do que temos e do que somos, na certeza de que somos o melhor e que não vivemos em vão!

Kat
Torres Novas
18.Agosto.2010

domingo, 25 de julho de 2010

Emoções

Emoções... Somos um mar de emoções... Com ondas, com vida, com marés, com pessoas, com conchas e peixinhos, e até algas! Temos tanto de emoções em nós como o mar tem de diversidade! E lidamos com elas como as marés, umas vezes com paciência e calma, docemente beijando a areia e outras com ondas gigantes que levam tudo à frente e fazem com que a mesma areia nos fuja dos pés... Transformamo-nos num instante... Basta um pequeno empurrão para que o mar fique revolto e se torne difícil conter a maré viva... E lutamos com o turbilhão e de novo se acalma! E assim vamos agitando os barcos que navegam no nosso mar, sem que por vezes tenhamos intenção de os perturbar... mas eles notam as nossas ondulações, mesmo as mais leves! E inquietam-se sem prever o rumo que este mar terá! A certeza é de que acalma... sempre acalma! Mesmo que haja tempestade, o quietude volta sempre, serena, em paz ou então com a sua agitação saudável, que põe tudo num alvoroço agradável e faz com que as pessoas se identifiquem com o mar e queiram estar junto dele!

É difícil lidar com as emoções que nos assaltam de repente, se não as identificarmos... Assaltam-nos sem avisar e nem dizem de onde vêm ou para onde vão... Basta a lua mudar... E muda a maré... E como vieram, vão... E o coração vai aguentando e, na verdade, vai lidando cada vez melhor com essas emoções e esses sentimentos que lhe revoltam as águas, pois começa a conhecê-los... Por vezes perceber a sua origem é como percorrer metade do caminho! Falta a outra metade... que é fazer o pensamento perceber que pode acalmar as emoções se mudar de rumo, afastando-se, assim, dessa origem...


Aprendemos com a forma como exploramos as nossas emoções, mas sempre com a consciência que aparecerão novos desafios, porque somos influenciados pelo exterior e teremos sempre as nossas marés...
Kat
Ferreiras
25.Julho.2010